A ONU SILENCIOU DIANTE DESSE MASSACRE
E NUNCA JULGOU O PARTIDO COMUNISTA
CHINÊS. POR QUE SERÁ ?....- ZEDIVAL POETA
ALGUEM AINDA SE LEMBRA DESSAS IMAGENS?.... POIS BEM, MEIA DUZIA DE
CHINESES, LUTAVAM POR DEMOCRACIA. O RESTO FICOU DEBAIXO DA CAMA E OS
VERDADEIROS PATRIOTAS, FORAM VARRIDOS PELOS TANQUES DE GUERRA. OS GUERREIROS MORRERAM
HONROSAMENTE NAQUELE DIA HISTORICO E SEU
SANGUE CONTINUA PROMOVENDO REVOLTAS NA CHINA ATÉ HOJE. OS COVARDES, MESMO COM
VIDA, MORREM A TODO MOMENTO, A CADA INSTANTE, DIANTE DAS HUMILHAÇÕES DA
DITADURA QUE ESCRAVIZA O POVO CHINES. NÃO ESQUEÇAM O BRASIL ESTÁ CAMINHANDO PRA
ESSE MOMENTO. – Zedival Poeta
“A repressão ao “Movimento de 4 de Junho” de 1989 na China
Dia 4 de junho de 1989, o exército chinês afogou em sangue o maior
movimento de contestação conhecido após o início das reformas pós-maoístas de
uma década antes. A repressão desse movimento – em Beijing e nas províncias,
que começou com a ocupação da Praca Tian’namen[1], desfechou um duro golpe na
resistência social e democrática – abrindo o caminho para a contrarrevolução
burguesa. Dessa forma, em 1992, o homem forte do Partido Comunista [2], Deng
Xiaoping pode pronunciar, por ocasião de uma viagem ao sul do país, um famoso
discurso em que traçava o rumo de uma transição acelerada para um novo
capitalismo, denominado “socialismo de mercado com características chinesas”.
Em 1989, a amplitude e a radicalidade dos protestos e a
importância política das lutas simbolizadas pela ocupação da Praça Tian’anmen
eram evidentes – e a repressão sangrenta que se abateu sobre seus protagonistas
provocou uma profunda onda de choque internacional. Por outro lado, não ocorreu
o mesmo no que toca ao seu significado histórico: a burocracia chinesa buscava
originar uma nova burguesia, um novo capitalismo, e essa mutação não poderia
ser feita de outra forma que sob um regime autoritário, pois ela implicava uma
verdadeira explosão das desigualdades sociais. Porém, o retorno de Deng
Xiaoping ao poder, uma dezena de anos antes, tinha alimentado importantes
expectativas democráticas. Ele próprio tinha sido um dos principais dirigentes
do Partido Comunista que foram vítimas do regime hiper-burocrático instaurado
após a Revolução Cultural de 1966-1969. Tinha anunciado a “modernização” do
país e começado reformas que em muitos casos tinham sido favoravelmente
recebidas, em particular entre os camponeses e os intelectuais.
No entanto, quando Deng Xiaoping promoveu as « quatro
modernizações» (agricultura, indústria, defesa nacional, ciências e técnicas),
uma “quinta” modernização ficou faltando: a democracia, incluído o direito de
criar outros partidos além do Partido Comunista Chinês. Isso era o que pedia já
em 1978-79 o dissidente Wei Jingsheng – um ex-Guarda Vermelho da Revolução
Cultural – em um jornal mural afixado no Muro da Democracia em Beijing.
Portanto, a ocupação da Praça Tian’anmen de 1989 não foi um ato caído do céu;
ela foi preparada por uma sucessão de lutas. Após a primeira Primavera de
Beijing (1978-79), importantes movimentos estudantis (e sociais) tiveram lugar
em 1983, 1985, 1986-87. Eles denunciavam em particular a insegurança que
reinava nos campi, a falta de perspectivas profissionais e o favoritismo de que
se beneficiavam os filhos dos pais que eram membros do Partido. Petitórios
reclamavam a libertação dos prisioneiros políticos. Além de reformas politicas,
esses movimentos exigiam a liberdade de associação (em particular, a criação de
sindicatos estudantis independentes) e a transparência – em particular com
relação ao nível de vida dos dirigentes e de suas famílias.
Na medida em que os anos se passaram, Deng aparecia como cada vez
menos renovador, em especial no tema da abertura politica. Outros dirigentes do
PC, considerados como mais reformadores, foram retirados do poder. Esse foi o
caso de Hu Yaobang em 1987, suspeito de ter apoiado as reivindicações
democráticas dos estudantes. Sua morte (de causas naturais), em 15 de abril de
abril de 1989, constituiu o detonador de um imenso movimento de protesto. Nesse
dia, e depois nos dias 16 e 17, manifestações ocorreram na Praça Tian’anmen. No
dia 18, alguns milhares de estudantes organizaram um sit-in diante do Grande Palácio do Povo (onde se reúne
a Assembleia Nacional). A ocupação começou de fato e cartazes inflamados,
criticando Deng Xiaoping, surgiram nos campi. O movimento se estendeu.
Tratava-se de um movimento social heterogêneo, compreendendo estudantes,
professores do ensino superior, intelectuais, moradores de bairros periféricos,
classe média urbana e operários – apesar de que os estudantes foram os
que deram fundamentalmente o tom da ocupação da Praça Tian’anmen em que eles
estabeleceram seu quartel-general. ”
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