sábado, 10 de setembro de 2016


A ONU SILENCIOU DIANTE DESSE MASSACRE E NUNCA JULGOU O PARTIDO  COMUNISTA CHINÊS. POR QUE SERÁ ?....- ZEDIVAL POETA





ALGUEM AINDA SE LEMBRA DESSAS IMAGENS?.... POIS BEM, MEIA DUZIA DE CHINESES, LUTAVAM POR DEMOCRACIA. O RESTO FICOU DEBAIXO DA CAMA E OS VERDADEIROS PATRIOTAS, FORAM VARRIDOS PELOS TANQUES DE GUERRA. OS GUERREIROS MORRERAM HONROSAMENTE NAQUELE DIA  HISTORICO E SEU SANGUE CONTINUA PROMOVENDO REVOLTAS NA CHINA ATÉ HOJE. OS COVARDES, MESMO COM VIDA, MORREM A TODO MOMENTO, A CADA INSTANTE, DIANTE DAS HUMILHAÇÕES DA DITADURA QUE ESCRAVIZA O POVO CHINES. NÃO ESQUEÇAM O BRASIL ESTÁ CAMINHANDO PRA ESSE MOMENTO.  – Zedival Poeta



“A repressão ao “Movimento de 4 de Junho” de 1989 na China
Dia 4 de junho de 1989, o exército chinês afogou em sangue o maior movimento de contestação conhecido após o início das reformas pós-maoístas de uma década antes. A repressão desse movimento – em Beijing e nas províncias, que começou com a ocupação da Praca Tian’namen[1], desfechou um duro golpe na resistência social e democrática – abrindo o caminho para a contrarrevolução burguesa. Dessa forma, em 1992, o homem forte do Partido Comunista [2], Deng Xiaoping pode pronunciar, por ocasião de uma viagem ao sul do país, um famoso discurso em que traçava o rumo de uma transição acelerada para um novo capitalismo, denominado “socialismo de mercado com características chinesas”.
Em 1989, a amplitude e a radicalidade dos protestos e a importância política das lutas simbolizadas pela ocupação da Praça Tian’anmen eram evidentes – e a repressão sangrenta que se abateu sobre seus protagonistas provocou uma profunda onda de choque internacional. Por outro lado, não ocorreu o mesmo no que toca ao seu significado histórico: a burocracia chinesa buscava originar uma nova burguesia, um novo capitalismo, e essa mutação não poderia ser feita de outra forma que sob um regime autoritário, pois ela implicava uma verdadeira explosão das desigualdades sociais. Porém, o retorno de Deng Xiaoping ao poder, uma dezena de anos antes, tinha alimentado importantes expectativas democráticas. Ele próprio tinha sido um dos principais dirigentes do Partido Comunista que foram vítimas do regime hiper-burocrático instaurado após a Revolução Cultural de 1966-1969. Tinha anunciado a “modernização” do país e começado reformas que em muitos casos tinham sido favoravelmente recebidas, em particular entre os camponeses e os intelectuais.
No entanto, quando Deng Xiaoping promoveu as « quatro modernizações» (agricultura, indústria, defesa nacional, ciências e técnicas), uma “quinta” modernização ficou faltando: a democracia, incluído o direito de criar outros partidos além do Partido Comunista Chinês. Isso era o que pedia já em 1978-79 o dissidente Wei Jingsheng – um ex-Guarda Vermelho da Revolução Cultural – em um jornal mural afixado no Muro da Democracia em Beijing. Portanto, a ocupação da Praça Tian’anmen de 1989 não foi um ato caído do céu; ela foi preparada por uma sucessão de lutas. Após a primeira Primavera de Beijing (1978-79), importantes movimentos estudantis (e sociais) tiveram lugar em 1983, 1985, 1986-87. Eles denunciavam em particular a insegurança que reinava nos campi, a falta de perspectivas profissionais e o favoritismo de que se beneficiavam os filhos dos pais que eram membros do Partido. Petitórios reclamavam a libertação dos prisioneiros políticos. Além de reformas politicas, esses movimentos exigiam a liberdade de associação (em particular, a criação de sindicatos estudantis independentes) e a transparência – em particular com relação ao nível de vida dos dirigentes e de suas famílias.
Na medida em que os anos se passaram, Deng aparecia como cada vez menos renovador, em especial no tema da abertura politica. Outros dirigentes do PC, considerados como mais reformadores, foram retirados do poder. Esse foi o caso de Hu Yaobang em 1987, suspeito de ter apoiado as reivindicações democráticas dos estudantes. Sua morte (de causas naturais), em 15 de abril de abril de 1989, constituiu o detonador de um imenso movimento de protesto. Nesse dia, e depois nos dias 16 e 17, manifestações ocorreram na Praça Tian’anmen. No dia 18, alguns milhares de estudantes organizaram um sit-in diante do Grande Palácio do Povo (onde se reúne a Assembleia Nacional). A ocupação começou de fato e cartazes inflamados, criticando Deng Xiaoping, surgiram nos campi. O movimento se estendeu. Tratava-se de um movimento social heterogêneo, compreendendo estudantes, professores do ensino superior, intelectuais, moradores de bairros periféricos, classe média urbana e operários  – apesar de que os estudantes foram os que deram fundamentalmente o tom da ocupação da Praça Tian’anmen em que eles estabeleceram seu quartel-general. ”

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