terça-feira, 9 de agosto de 2016

NÃO PARE DE SONHAR – Zedival Poeta

A vida é um sonho, se você parar de sonhar, com certeza a vida irá ficar sem brilho. Os obstáculos que aparecem à nossa frente, são apenas para que possamos exercitar nossa capacidade de luta e aprender ultrapassa-los, eis que, muitos irão aparecer à nossa frente. Muitos deles, em forma de laço, colocados pelos próprios parentes e amigos, que além de não estarem envolvidos no mesmo espirito de luta, nos mesmos sonhos de vida, ainda tentam atrapalhar nossa caminhada. Eu já fui e ainda sou, vitima desses laços. Ultimamente aprendi a ignora-los. – Pois bem, leitores apaixonados pela poesia. Toda poesia tem uma historia, e a historia dessas  que aqui vão a vocês, foi muito suada, envolvida em muitas lágrimas, sofrimento, mas, com muita fé, paciência, resignação e acima de tudo, sem perder o foco no alvo, demonstram o poder de superação de um garoto que apesar de ser descendente da família Imperial Austríaca, foi levado pelas circunstancias do destino e  viveu uma vida dificil . Como podem ver, nessa poesia VIDA DE CATADOR, ela traz uma mensagem a muitas crianças que hoje se encontram na mesma situação pela qual eu passei. Eu fui catador, pescador, carroceiro de feira (em Barra de Santa Rosa e em Campina Grande), vendi cocada, pirulito, bom bons, engraxei sapato no Maringá da praça da Bandeira em Campina Grande –PB, mas, nunca perdi o foco, nunca abandonei a luta. O meu foco era estudar e ao mesmo tempo que trabalhava estudava. O lixo não pode ser o lugar onde você vai jogar seu caráter. O lixo é um lugar onde você deve ir buscar uma sobrevivência temporária. E de lá, eu retirava, cobre, alumínio, e outros objetos recicláveis pelas sucatas. Na minha época, se comprava até osso e caco de vidro. Não foi por muito tempo, mais eu fui catador sim. Eu estive no lixo, mas meu caráter não foi jogado ao lixo como fazem os jovens de hoje. Preferem vender droga, assaltar, se prostituir e outros meios de contravenção. Eu tive uma passagem muito interessante:




 quando chegamos a Campina Grande, vindo do interior, ajudei um senhor que engraxava no Maringá, na Praça da Bandeira em Campina Grande. Logo ele arrumou pra mim vender bombom num tabuleiro pendurado no pescoço. Eu saia vendendo pela rua e entrava em tudo que era de banco. No Banco da Lavoura, que ficava na Praça da Bandeira, tinha um senhor chamado José Neto, já bem idoso, e todo dia me comprava algumas coisinhas. Logo que fui trabalhar na INCOPRESA, da família Ribeiro, certo dia fui resolver um problema no dito Banco, e lá, ele me reconheceu, apesar de está todo bem arrumado, e veio a mim e perguntou; “Você não é aquele garoto que passava vendendo bombom ?...” respondi, si sou eu. Então me deu aquele abraço fraternal, perguntou como eu tinha mudado tão rápido. Expliquei e ele me deu mil conselhos, chamou alguns colegas e falou da historia. Dali por diante, aquele cidadão passou a me ver como alguém que luta pela superação, e toda vez que ia ao Banco ele fazia questão de me atender e me incentivar. Então eu quero deixar aqui, o meu recado a esses jovens que têm vergonha de mostrar sua cara, e viver a sua realidade. Sabemos que a sociedade é muito seletiva e cheia de preconceito, mas, com capacitação se supera todos obstáculos. Então é bom que cada um saiba, se preciso for, vá trabalhe até no lixo, mas não se deixe jogar ao lixo. Saiba também, que a escola, a capacitação profissional, é o caminho da mudança. – Zedival Poeta.



Nenhum comentário:

Postar um comentário