NÃO
PARE DE SONHAR – Zedival Poeta
A
vida é um sonho, se você parar de sonhar, com certeza a vida irá ficar sem
brilho. Os obstáculos que aparecem à nossa frente, são apenas para que possamos
exercitar nossa capacidade de luta e aprender ultrapassa-los, eis que, muitos
irão aparecer à nossa frente. Muitos deles, em forma de laço, colocados pelos
próprios parentes e amigos, que além de não estarem envolvidos no mesmo
espirito de luta, nos mesmos sonhos de vida, ainda tentam atrapalhar nossa
caminhada. Eu já fui e ainda sou, vitima desses laços. Ultimamente aprendi a ignora-los.
– Pois bem, leitores apaixonados pela poesia. Toda poesia tem uma historia, e a
historia dessas que aqui vão a vocês,
foi muito suada, envolvida em muitas lágrimas, sofrimento, mas, com muita fé,
paciência, resignação e acima de tudo, sem perder o foco no alvo, demonstram o
poder de superação de um garoto que apesar de ser descendente da família
Imperial Austríaca, foi levado pelas circunstancias do destino e viveu uma vida dificil . Como podem ver, nessa
poesia VIDA DE CATADOR, ela traz uma mensagem a muitas crianças que hoje se
encontram na mesma situação pela qual eu passei. Eu fui catador, pescador,
carroceiro de feira (em Barra de Santa Rosa e em Campina Grande), vendi cocada,
pirulito, bom bons, engraxei sapato no Maringá da praça da Bandeira em Campina
Grande –PB, mas, nunca perdi o foco, nunca abandonei a luta. O meu foco era
estudar e ao mesmo tempo que trabalhava estudava. O lixo não pode ser o lugar
onde você vai jogar seu caráter. O lixo é um lugar onde você deve ir buscar uma
sobrevivência temporária. E de lá, eu retirava, cobre, alumínio, e outros
objetos recicláveis pelas sucatas. Na minha época, se comprava até osso e caco
de vidro. Não foi por muito tempo, mais eu fui catador sim. Eu estive no lixo,
mas meu caráter não foi jogado ao lixo como fazem os jovens de hoje. Preferem
vender droga, assaltar, se prostituir e outros meios de contravenção. Eu tive
uma passagem muito interessante:
quando chegamos a Campina Grande, vindo do
interior, ajudei um senhor que engraxava no Maringá, na Praça da Bandeira em
Campina Grande. Logo ele arrumou pra mim vender bombom num tabuleiro pendurado
no pescoço. Eu saia vendendo pela rua e entrava em tudo que era de banco. No
Banco da Lavoura, que ficava na Praça da Bandeira, tinha um senhor chamado José
Neto, já bem idoso, e todo dia me comprava algumas coisinhas. Logo que fui
trabalhar na INCOPRESA, da família Ribeiro, certo dia fui resolver um problema
no dito Banco, e lá, ele me reconheceu, apesar de está todo bem arrumado, e
veio a mim e perguntou; “Você não é aquele garoto que passava vendendo bombom
?...” respondi, si sou eu. Então me deu aquele abraço fraternal, perguntou como
eu tinha mudado tão rápido. Expliquei e ele me deu mil conselhos, chamou alguns
colegas e falou da historia. Dali por diante, aquele cidadão passou a me ver
como alguém que luta pela superação, e toda vez que ia ao Banco ele fazia
questão de me atender e me incentivar. Então eu quero deixar aqui, o meu recado
a esses jovens que têm vergonha de mostrar sua cara, e viver a sua realidade.
Sabemos que a sociedade é muito seletiva e cheia de preconceito, mas, com
capacitação se supera todos obstáculos. Então é bom que cada um saiba, se
preciso for, vá trabalhe até no lixo, mas não se deixe jogar ao lixo. Saiba
também, que a escola, a capacitação profissional, é o caminho da mudança. –
Zedival Poeta.
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