No Brasil a vida deixou de ter valor. A policia mata, para queimar os arquivos, os políticos mandam matar pelos mesmos motivos, os Coroné e seus familiares, têm o mesmo direito. E a Lei ?... Lei pra Pobre, preto e puta ?.... a Lei é para favorecer quem pode pagar advogados e os que fazem parte do sistema.
POR FAVOR, ESSA MATERIA
É MUITO IMPORTANTE
Funeral do soldado Diogo Nascimento de Souza assassinado da Paraiba, por um playboy, que se acha no direito de não ser interpelado numa blitz. Outros casos como esse já tomaram as paginas de jornais e redes sociais, como o filho do juiz embriagado que foi motivo da prisão de um PM. ATÉ ONDE VAI ESSA SURUBA ?.
“
TIRA VIDAS II – Por Duciran
Farena
O Procurador Regional da
República Duciran Farena, em artigo publicado em seu perfil pessoal nas redes
sociais, afirma que a família do agente de trânsito Diogo Nascimento terá de
suportar o peso duplo de perder um ente querido e a injustiça por não ver preso
o acusado Rodolpho Carlos, que atropelou e matou Diogo durante uma blitz da Lei
Seca realizada na madrugada do último sábado (21).
Confira abaixo o artigo de
Dulciran.
O TIRA VIDAS II
Duciran Van Marsen Farena
Procurador Regional da República
Duciran Van Marsen Farena
Procurador Regional da República
Em 2010, por ocasião do crime
de trânsito que ceifou a vida da defensora pública Fátima Lopes, escrevi um
artigo com o título acima (agora, nesta sequência trágica que parece não ter
fim, rebatizado como O Tira Vidas II). Naquele artigo, relatei o caso, ocorrido
em outro estado da federação, que me havia sido contado por um conhecido.
Reproduzo um trecho:
“Um playboy, de boa família, aluno de tradicional colégio, embriagado, atropelou e matou duas pessoas da mesma família. Não prestou assistência; a placa de seu veículo (…) esportivo (…) fora anotada pelo motorista do carro de trás, revoltado com a selvageria”. Com a ajuda de advogados pagos com o dinheiro que foi negado à família da vítima, acabou ‘condenado à liberdade’. Assim, “nunca deixou de levar sua vida normal, frequentar bares, boates, baladas, etc. Logo após acabado o incômodo do processo, o rapaz convidou os amigos para uma comemoração. E ali, após algumas doses, confidenciou que costumava, para si mesmo, batizar seus carangos com nomes – e o do acidente, prestes a ser trocado, havia sido denominado “o tira vidas”.
“Um playboy, de boa família, aluno de tradicional colégio, embriagado, atropelou e matou duas pessoas da mesma família. Não prestou assistência; a placa de seu veículo (…) esportivo (…) fora anotada pelo motorista do carro de trás, revoltado com a selvageria”. Com a ajuda de advogados pagos com o dinheiro que foi negado à família da vítima, acabou ‘condenado à liberdade’. Assim, “nunca deixou de levar sua vida normal, frequentar bares, boates, baladas, etc. Logo após acabado o incômodo do processo, o rapaz convidou os amigos para uma comemoração. E ali, após algumas doses, confidenciou que costumava, para si mesmo, batizar seus carangos com nomes – e o do acidente, prestes a ser trocado, havia sido denominado “o tira vidas”.
A tragédia se repete. Com
contornos ainda mais graves. Enquanto o artigo de 2010 reclamava mais e mais
frequentes fiscalizações com bafômetro, para estancar o massacre dos
tira-vidas, no fatídico sábado passado (21/01) foi atropelado Diogo Nascimento
de Souza, ser humano decente, trabalhador honrado, agente da lei, que ganhava o
sustento de sua família varando noites em blitzes da Lei Seca, tentando impedir
que tira vidas alcoolizados provocassem mais luto e dor numa cidade já tão
ferida por episódios semelhantes. E foi atropelado por um deles. Morreu no dia
seguinte, domingo, quando o céu de João Pessoa, sempre azul, vestiu-se de luto
e chorou a perda.
Era noite de sábado, mas Diogo
Nascimento de Souza não descansava. Trabalhava, enquanto tantos se divertem, e
alguns se excedem. O dever de Diogo era evitar que o excesso de alguns pusesse
em risco a vida deles próprios e dos outros. Acenava para o cumprimento da lei,
mas uma máquina – máquina exclusiva, diferenciada – indignou-se com aquele
aceno, considerando-o uma ousadia intolerável, já que deveria orientar-se
apenas para os calhambeques.
E avançou. Como é da sua
natureza de Porshe.
Diogo tropeçou no céu como se
fosse um dos bêbados que parava. E flutuou no ar como se fosse pássaro. E se
acabou no chão feito um pacote flácido. Agonizou no meio do passeio público.
Morreu na contramão atrapalhando o sábado. Ou melhor, morreu no domingo porque
atrapalhara o sábado de um carro de luxo. A sina do trabalhador brasileiro.
Especialmente dos que se atrevem a se colocar no caminho de possantes. Apenas
um obstáculo a ser removido. Ao custo de um passeio interrompido, um
para-brisas quebrado, uma corrida de volta ao aconchego de uma garagem
quentinha e coberta.
O Porshe foi identificado
porque na violência do choque deixou a placa para trás. Foi apreendido.
O condutor teve melhor sorte.
Com ordem de prisão expedida, nem sequer chegou a suportar o incômodo que o
playboy do artigo original passou – uma noite na delegacia, depoimento, esperar
sentado num banco duro, bebendo água em copo descartável, a liberação mediante
fiança. Foragido, foi beneficiado com um habeas corpus concedido pelo
desembargador plantonista às 3 horas da madrugada de domingo, enquanto Diogo agonizava
no hospital em que veio a falecer. Decisão questionável, não apenas porque
privou a autoridade policial de saber qual o verdadeiro estado do condutor logo
após o fato, mas pelo horário absolutamente inusual, até mesmo para plantão, em
que concedida – à parte o fato de que o autor da decisão já nem sequer seria o
plantonista àquela altura.
Já disse em outro artigo que
as famílias das vítimas no Brasil suportam um peso duplo. Pois não é só a dor
da perda, da saudade do ente querido, afligem-se também com o temor da
injustiça. O processo é demorado, o esquecimento milita em favor do
responsável. A justiça é vista como parcial, e decisões como a que liberou o
responsável sem que ele sequer tenha se dado ao trabalho de aparecer não ajudam
em nada a desfazer esta crença. Por isso mesmo as famílias revivem a dor da
perda, a cada dia, sendo obrigadas a confeccionar camisas, fazer manifestações,
e até mesmo pagar outdoors pedindo justiça – porque não crêem em nossas
instituições. Cada vez que um parente enlutado é obrigado a segurar uma faixa
na frente do fórum, é novamente vítima, vítima da agonia de ter que lembrar o
crime, vítima do horroroso medo de que o culpado sairá impune.
Enquanto isso, o esquecimento
é tudo que o culpado quer. Como escrevi no “Tira Vidas I”, todos têm algo em
comum: “o desejo de fugir de sua responsabilidade, retornar à vida normal o
mais rápido possível, esquecer o episódio do qual também se consideram
‘vítimas’. A dor, o sofrimento, a ausência, são privativos da família enlutada.
Nada trará de volta o ente querido, certo? Porque, então, querer destruir a
vida de um pobre rapaz, com toda a vida e futuro pela frente? Vingança? Que
sentimento mais feio!”.
Nas redes sociais, pessoas
crédulas e caridosas expressaram o desejo de que o Porshe fosse vendido para
ajudar no sustento dos filhos da vítima. Gostaria que fosse verdade, mas não é
esta a receita que costuma se ver nesses casos. Por mais abastado que seja o
atropelador, ou sua família – ou quanto mais abastado – nas ações de reparação,
a regra é caracterizar o pedido de indenização como ganância, ambição ou
oportunismo dos parentes, que não tem escrúpulo em explorar sentimentos nobres
com fins de lucro. E assim agregam mais dor e sofrimento aqueles que já sofrem
todos os dias. “Estão me processando só porque sabem que minha família tem
dinheiro”, lamuriam-se os privilegiados, sensíveis demais para suportar uma
noite na delegacia, mas neste ponto reivindicando tratamento igualitário aos
pobres, que vão para a cadeia mas não sofrem ações civis porque nada têm. Eike
Batista ia nesta linha, quando o Porshe de seu filho atropelou e matou um
ciclista. Só fez acordo porque a história se espalhava e ficava mal à sua
imagem de futuro homem mais rico do mundo (espero que a família tenha recebido antes
da falência…).
Em um país verdadeiramente
civilizado, o tratamento ao rico seria o mesmo dispensado a todos. A fuga do
local do crime seria motivo para negar-lhe a desmerecida liberdade e a
tentativa do responsável – intermediado por seus defensores – de caracterizar
como ganância a luta das famílias por reparação somente teria o efeito de
aumentar o valor da indenização. Enfim, o esquecimento em nada aproveitaria ao
réu, porque o processo é rápido.
No Brasil, infelizmente, raro
é quando acontece o contrário. Ainda tenho esperanças, mas a realidade é dura –
para quem tem o sentido inato de justiça, e muito mais para a dolorida família
da vítima – quando o responsável é rico e poderoso. Por isso mesmo temos a
obrigação de não deixá-los sós, temos a obrigação de não esquecer. Apelo aos
valorosos colegas do Ministério Público do Estado da Paraíba para que dediquem
seus maiores esforços e capacidades em prol da condenação do responsável por
homicídio doloso. Eu de minha parte, tenho a firme intenção de não mais
consumir qualquer produto ou serviço com a marca “São Braz” até que a justiça
julgue o responsável, aplicando-lhe a devida punição, até que a família da
vítima seja devidamente reparada mediante acordo judicial, e até que os cofres
públicos estaduais – que irão suportar a pensão paga à família – sejam
devidamente compensados.
Lamentavelmente, permanece
mais atual que nunca a conclusão que escrevi no “Tira Vidas I”:
“Eles estarão sentados no
banco dos réus, a face compungida, a postura estudada, o modo sério. Eles
evitarão olhar para os acusadores, para a família da vítima – e quando o
fizerem, por um breve momento, será um olhar triste e interrogativo: “porque
estão fazendo isso comigo? Porque este escândalo indecoroso, já não estou
sofrendo o bastante? Já não tive que gastar tanto com advogados? Em que meu
sofrimento lhes aproveita?” Eles serão rapazes de futuro, profissionais,
noivos, filhos de família, pais de família. Pessoas a quem jamais negaríamos
uma segunda chance.
Mas não nos iludamos. Eles são os tira-vidas”. ”
Mas não nos iludamos. Eles são os tira-vidas”. ”
Crianças entregue a sorte, num mundo dominado pelo crime. Desprotegidas e desasistidas, acabam servindo ao trafico e sendo dependentes. Isso não é responsabilidade do Estado. Ao Estado compete apenas, arrecadar e desviar recursos.
EMENDA
- Zedival Poeta
Doutor Duciran Van Marsen Farena, estamos assistindo nesse
Brasil atual, um verdadeiro festival de “TIRA VIDAS”. Se o fato ocorresse apenas
no transito seria fácil, muito fácil de acabar o festival. O grande problema, é
que, o “TIRA VIDAS”, se encontra em todos setores da sociedade. A policia mata o contraventor para evitar que
ele abra a boca, os políticos da corrupção promovem acidentes, assassinatos,
para fazer queima de arquivo e ter proteção dos seus crimes, o serviço publico,
que devia se chamar SERVIÇO POUCO, promove o assassinato nas filas do SUS, nas
favelas, onde jovens cometem suicídio lentamente ingerindo drogas e outros
servindo ao trafico. Nos rincões desse Brasil afora, crianças morrem desassistidas e até de partos
de outras crianças gestantes. Douto procurador, não é o governo “A”, o governo “B”
ou “C”, que vai solucionar esse problema gerado durante 30 anos de desgoverno e
abandono social, de cujo povo, caminha sem condução, sem normas, sem regras,
igual o gado solto no meio da natureza. As Lei... que Leis ?.... não temos mais
leis, temos instrumentos de perseguição aos que tentam mostrar a sociedade os
acontecimento que estão acabando com aquilo que um dia foi um PAÍS, uma
sociedade forjada nos alicerçares familiares, no trabalho, no respeito, na
ordem e no progresso. O que temos hoje, é um pais de dependentes químicos,
achando que tudo pode, desde que, possa pagar um advogado. O BRASIL PRECISA SER
RESSOCIALIZADO DE CABO A RABO. DO PRES. DO STF AO MENDIGO. – Zedival Poeta.
O Brasil desde a carta de Pero Vaz ao rei de Portugal, que vem se "esmerando" em ser fonte inesgotável de toda a podridão do chamado terceiro mundo...Chegou e ficou ai, e como dizia o Tiririca em sua espalhafatosa campanha eleitoral ao Congresso Nacional..."Pior que tá não fica", acrescento, vai continuar como está...Prfiro versificar o amor, as flores e as mulheres...!
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